Saiba como e onde criar um moodboard em poucos passos para nunca mais se perder no processo de criação. Bora prosear sobre moodboard?
O moodboard ou painel semântico é, basicamente, um mural - físico ou digital - composto por elementos visuais de todos os tipos, de imagens à vídeos, que direcionam o estilo de um projeto.
Funciona assim, digamos que você é dono de uma confeitaria, um belo dia você decide criar um ensaio fotográfico para uma campanha sobre os novos doces que você criou. Então para facilitar seu trabalho você vai criar um moodboard, nele você vai colocar referências e inspirações, geralmente, visuais que vão direcionar toda aparência da sua campanha, como, cores, adornos, o design principal que será adotado, etc.
Toda essa pesquisa e curadoria te ajudará a esclarecer pontos importantes e te levará a um caminho mais claro e centrado, evitando que você fuja da sua identidade principal, assim, depois que tirar as fotos e começar a tratá-las vai perceber que será muito mais difícil delas não se conversarem e serem muito diferentes.
Obviamente esse processo de criação de moodboard não vale apenas para sessões de fotos e sim para inúmeros outros projetos, como criação de logos, coleções de roupas, campanhas publicitárias, editoriais, arquitetura e decoração, entre outros.
Ficou mais claro agora o que é e para que serve o moodboard? Então agora separei para você um passao a passo com 5 etapas que vão te ajudar a criar seu primeiro painel semântico:
Como criar um moodboard
Defina qual o design do seu projeto: nesta primeira etapa você deve definir qual linguagem visual seu projeto terá (ilustrado, minimalista, moderno, futurista...). Aqui você pode se inspirar em movimentos artísticos, estilos de design, uma estampa, uma estação, mas é muito importante que você saiba bem quem é o público do seu projeto, já que entendendo os gostos, comportamento e personalidade do seu público alvo você vai saber qual o melhor estilo para ele. Por exemplo, voltando ao exemplo da confeitaria, e o público dela são pessoas de classe média alta e seu posicionamento é muito mais elegante e minimalista, definir pop art como a linha a ser seguida, talvez não seja a melhor ideia.
Escolha as cores: pensando no que você definiu na última etapa e, principalmente, com base na identidade visual da marca e/ou produto, escolha as cores do projeto. Elas guiaram toda a paleta que deverá ser usada no restante do projeto.
A tipografia: Se você está criando um moodboard para uma campanha publicitária, por exemplo, definir a tipografia (fonte) que será usada é muito importante, já que o texto vai ser uma parte integral do seu projeto e deve conversar com todas as informações escolhidas anteriormente.
Textura, estampas e mais: Como vimos anteriormente o moodboard pode ter tudo que faça referência ao seu projeto e isso se aplica a outras informações além de imagens, pense em texturas, estampas e padrões e vá além de fotos e/ou ilustrações.
O conteúdo: Agora de fato vamos procurar por imagens (fotografias, ilustrações, ícones, obras de arte, etc) que representem seu projeto, hoje é mais comum criarmos moodboard digitais, mas se preferir você pode separar referências físicas em livros, revistas, objetos ou qualquer outra coisa que você tenha acesso. Importante é que você tenha em mente todos os pontos anteriores na hora de executar essa etapa, para não fugir da identidade que já foi pensada.
Dica: Não se prenda apenas a imagens, outros recursos como vídeos, e até mesmo músicas e textos podem te ajudar e fazer parte do seu painel semântico.
Moodboard como parte da sua estratégia
Agora que você já viu como criar um moodboard, é importante você perceber que ele não serve apenas para encontrar inspiração visuais, o moodboard pode ser ótimo para pesquisa de mercado e/ou tendências e te ajudar na criação de estratégias, inclusive nas redes sociais.
Para isso, ao procurar por referências no instagram, facebook e outras plataformas de mídias sociais, reúna todas em um único documento, como vimos, pode ser até uma pasta no Pinterest, e encontre pontos de semelhança: o que elas têm em comum? Qual recurso gráfico aparece com frequência? Qual a diagramação mais usada? Entre outras perguntas que te ajudarão a atender o que está em alta tanto no seu segmento quanto no mundo criativo.
Bom, se você, assim como eu, gosta de botar a mão na massa, agora deve estar se perguntando onde montar o moodboard, certo? Fácil, separei uma lista com algumas possibilidades para você não ter dúvida:
Illustrator: se você tem familiaridade com essa ferramenta você pode criar seu moodboard em um arquivo do Adobe Illustrator, basta criar um novo arquivo e ir adicionando todo seu trabalho ali dentro, a vantagem de criar seu painel por aqui é a facilidade para escolher e descobrir novas cores, além de um jeito fácil de copiar qualquer informação quando precisar.
A sua mesa: sim, como eu disse, o moodboard pode ou não ser digital, por isso, se preferir, pode montar seu moodboard físico com revistas, tecidos, roupas, e o que mais acreditar que conversa com o visual adotado.
Pinterest: uma rede social de compartilhamento de fotos onde você pode criar pastas separadas com diversas ilustrações, vídeos e fotografias. Perfeito, não é mesmo? Basta você criar uma pasta para seu projeto e começar a salvar ali tudo que desejar, seja com conteúdos do próprio Pinterest ou com posts novos que você pode subir na ferramenta.
PowerPoint: se você gosta de praticidade, talvez o powerpoint ou o google apresentação seja o melhor lugar para o seu moodboard, você pode se organizar por slides ou deixar tudo em um só, mas a ferramenta é bem simples de usar e você pode apenas ir colando os conteúdos por lá para dar forma ao seu painel.
É isso, de forma reduzida, isso é tudo que você precisa para começar a montar seu moodboard ou painel semântico, vamos começar?